quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Geração mimada

Me permitam usar como título da postagem uma expressão dita por David Wilkerson na pregação chamada 'um chamado para a angústia'. O mesmo assunto, mas com diferentes abordagens, tem incomodado a uns poucos e me incluo nesse grupo: Estamos realmente vivendo entre homens amantes de si mesmos! Recentemente um trecho pouco explorado do famoso Salmo 84 me saltou aos olhos: 'Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados. Que, passando pelo vale árido, faz dele um fonte!' Reescrevamos esse texto para adequá-lo aos dias atuais. Que, passando pelo vale árido, bebe um litro de água! Como não ser amante de mim mesmo? Como ignorar minhas supostas necessidades para ajudar a outro?
Recentemente falei durante uma ministração numa igreja a seguinte frase: - E daí se você estiver pregando o evangelho e mesmo assim não tiver onde morar e morrer de fome? Acredito que ninguém gostou de ouvir essa frase. Nem eu gostei! Meu ser mimado rejeita escutar esse tipo de afirmação, mas o Espírito Santo que conduz minha vida me lembra que eu tenho que ficar calado pra ser educado por Ele. Ontem meu sono foi embora depois de uma conversa longa na sala de estar da casa do Lucas Farias, onde se encontravam além dele, eu, Erasmo e Marx. Ele nos contou sobre a história de alguém que foi membro de uma igreja evangélica e caiu pelas drogas chegando ao ponto de não ter o que comer nem o que vestir ou calçar. E como esse irmão caído e maltrapilho não teve a oportunidade de ser alvo nem da pena daqueles que eram seus 'irmãos'. 'Irmãos' que recusaram dar um sabonete mas tinham suas compras de natal asseguradas pelo sustento provido pelo mesmo Pai que criou e ama o drogado.
Evitei durante muito tempo tratar de assuntos como esse, mas acredito que o que é certo não torna-se errado porque o meio está corrompido. Poucos dias atrás acabei de ler o livro de Brennan Manning chamado 'Evangelho Maltrapilho'. Amemos os maltrapilhos, joguemos fora nosso pomposo orgulho de acharmos que somos alguém merecedor de alguma coisa, sejamos sinceros em confessarmos nossa natureza suja, vivamos sem medo o mesmo evangelho que Jesus pregou, façamos pelo menos 5% do que achamos o mínimo a ser feito. Aí talvez sejamos merecedores de 1% do que achamos que somos.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Pra que cigarro se nós temos o João?


Segundo Roesane Volpatto as fogueiras do João que queimam atualmente, eram no começo fogos de fertilização e purificação que se acendiam no dia de Solstício de Verão, na Europa dia 21 de junho, justamente antes das colheitas em honra aos deuses para agradecer as suas bondades , ou imediatamente depois para purificar a terra. Assim como o purgatório e o terço, a história 'bíblica' da fogueira do João também não está na bíblia. Essa história que não está escrita no livro sagrado conta que a mãe de João Batista teria acendido uma fogueira para avisar a Maria que João, primo de Jesus, havia nascido. Contos da 'Cripta' a parte, essa celebração irracional e de péssimo gosto, só tem um lado positivo, o 'lado negro da força'. Irritação nos olhos, agressão aos pulmões, crime ambiental, poluição... A lista de males contenporâneos é enorme!! Quem sabe se o governo baixasse uma lei que restringisse o número de fogueiras por rua!!! A verdade é que se o João fosse vivo, chegado a comida natural como gafanhotos e mel silvestre, ele detestaria fogueiras. Quem sou eu pra mudar a cultura inútil e predadora de um povo? Mas mesmo assim encho de água minhas bochechas e cuspo numa fogueira apenas pra fazer a minha parte!!!