segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Escolher mudar é mudar de verdade.

Não quero colocar aqui as possíveis razões, causas ou explicações para a existência da homossexualidade. Quero apenas falar sobre a controversa saída dela. Há quem diga que não existe ‘ex’ nesse assunto e quem já tenha visto, como eu já vi, pessoas que eram e que hoje não dão a mínima pista de que já foram.

A questão toma maiores proporções quando se insere o mesmo no ambiente religioso. Igrejas são mal vistas por deixarem ser freqüentadas por casais não convencionais ou por aceitá-los de forma fichada (membros). Logicamente que ser membro do corpo de Cristo vai além do que se demonstra em público e chega até onde o que se faz escondido. Psicólogos religiosos ajudam pessoas que querem ser ajudadas e essas pessoas atingem níveis diferentes de ‘solução’. É aqui onde entra minha não compreensão.

2 Cor. 5:17 - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

Fil 3:8 - E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo.

Paulo declara q o que veio antes, o que ele quis abandonar, é escória. Querer abandonar não pode ser diferente do que considerar escória a menos que a opção não seja abandonar. Cada um escolha, mas não existe a possibilidade de abandonar e considerar o que passou como uma ‘serenata do amor’. Por que ao vermos um ex, quase sempre conseguimos identificá-lo como tal? Será que essa marca nem Jesus consegue tirar? Será que quem orienta uma pessoa que quer ser orientada, desiste de fazer com que ela perca o jeito porque a orientação só vai até ali?

Eu sei que ‘old habits die hard’ mas eles morrem! Não quero dizer que se você escolheu ser homo, você tenha a obrigação de mudar. Essa é uma escolha pessoal entre você e sua crença. Eu tenho a minha. Mas se você é homo e escolhe mudar, então mude de verdade! A pessoa que vai ajudar você nesse processo é ninguém menos do que aquele que te fez nascer com o órgão sexual que você tem hoje.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dia dos Pais

Nunca fui de dar valor a laços impostos por convenções ou mesmo a genética. Acredito que laço forte é laço cultivado. Essa é minha postagem mais curta e talvez a mais significativa. Escrevo em homenagem ao homem que me serve de pai, amigo e filho (em ocasiões que envolvam língua inglesa e matemática). Ando há aproximadamente 3 anos com o Pastor Edvaldo Freitas e sua esposa Valdelice. E devo a eles vários dos momentos felizes e uma boa porcentagem do meu sorrir atual. Dia dos Pais, pra mim, é dia da figura paterna que me criou (meu avô) e da figura paterna que me bate com o cajado. Muito obrigado por cada palavra e cada tentativa sucedida ou frustrada de me corrigir. @edsfreitas @missionaria_val

domingo, 24 de julho de 2011

um time por uma razão


Há quem torça por motivo nenhum. Se você torce pra o flamengo porque viu o Zico jogar, tá perdoado. Eu não. Eu também tenho uma história com o São Paulo, mas isso foi um ano depois. Nasci em Recife, me criei em Maceió mas morei dois anos em Fortaleza em 1987 e 1988. Meu melhor amigo chamava-se Fábio e morávamos na Vila Cisne no bairro Monte Castelo. Foram dias difíceis e de aprendizagem. Eu não tinha uma referência masculina já que meu pai começava a sair aos poucos de casa. Minha mãe lutava pra dar, educação, comida e casa pra mim e minha irmã. Sendo assim tal área do mundo masculino (futebol) me foi negada anteriormente. Mas as coisas eram diferentes na casa do Fábio. Lá, aparentemente, existia uma verdadeira família. Pai, mãe e irmãos. Aos poucos a convivência com a família dele, me fez desejar ter aqueles laços em casa. Lembro do pai do Fábio vestido com a camisa e nos falando sobre o Vasco. Seria impossível não associar o Vasco a tudo que eu mais queria dentro de casa. Sei que o Vasco além de tudo isso foi o primeiro time do Brasil a admitir oficialmente negros em seu plantel e que é o único time, além da seleção Brasileira, que carrega a Cruz de malta no peito. Não sei se torço por razões corretas, nem se há razões corretas ou incorretas. Mas aquilo que se tornou pra mim o símbolo de ideal, eu passo adiante pra quem chega.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Meus votos


No último sábado (02.07.2011) casei com Pollyana Barros. Apesar dos muitos trechos de improviso, vou postar aqui o rascunho que fiz e li quase na íntegra no dia.
Comecei explicando aos presentes a incrível coincidências dos nossos sobrenomes. Pollyana Cristina Carneiro de Barros e Lucas Carneiro Rodrigues de Barros. Já reunimos as famílias pra desvendar o mistério e até agora nada!
Fomos ao cartório para fazer a ata do casamento e eu estava maravilhado com a possibilidade da inclusão do 'Rodrigues' ao nome dela para que assim, o nome completo dela ficasse igual ao meu. Mas a escrivã me deu um balde de água fria dizendo que não poderia incluir nome no meio do nome dela. As únicas possibilidades seriam; retirar o último nome dela e incluir nomes meu no final. Saímos triste.
Seis dias depois tive a ideia de voltar lá e explicar que se eles tirassem o último nome dela, ela ficaria Pollyana Cristina Carneiro, e acrescentando os meus dois últimos Rodrigues de Barros, Ela finalmente seria Pollyana Cristina (Lucas) Carneiro Rodrigues de Barros. A escrivã aceitou a explicação e tá tudo certo! Obs: Minha Mãe também tem Cristina como Segundo nome, então, se trocar Pollyana por Marize, fica o nome completo da minha mãe.
Depois dessa explicação o texto a seguir foi lido:

Alguém pode pensar: foi muito rápido! Mas eu esperei 31 anos. Não pra achar alguém como você, mas sim para viver eternamente com exatamente você. Você é a dona dos meus votos. Eu elejo você! Minha irmã, amante, amiga e consultora de ‘esquerda e direita’.

Serei feliz ao seu lado na pobreza, serei feliz ao seu lado na doença, serei feliz ao seu lado porque ao seu lado é o meu lugar. Com você posso ser eu e você me chama de louco como eu nunca gostei antes.

Pollyana nasceu 11 dias antes de mim. 11 dias são 264 horas ou 15840 minutos ou 950.400 segundos esperando (na solidão) o meu nascimento. Mas como ela era bebê, esses dados servem pra nada.

Eu olho pra você e te assusto quando ‘adivinho’ o que você está pensando. Você olha pra mim e eu vejo o quanto somos parecidos. Semelhanças que vão além dos 3 sobrenomes iguais.

Eu espero que você agüente minha loucura eternamente, porque meus votos não vão 1 cm além do que suportar sua beleza, amizade, amor e boquinha desenhada pra sempre. Amo vocês 3.


quinta-feira, 24 de março de 2011

carta a colégio de maceió

No último carnaval, eu (@lucascrbarros) e Pollyana (@Pollycristina), nos espantamos quando fomos buscar o Caio e a Anna Júlia no colégio. Cenas lamentáveis de exposição da sensualidade numa entidade destinada ao ensino. Eis aqui a carta que escrevemos para os diretores da mesma.

'Somos os pais de duas crianças que estudam em suas instalações. Não podemos deixar de dizer que como entidade de ensino, nossa admiração é por vocês imensa, mas essa admiração não pode ser motivo da omissão de uma específica insatisfação de nossa parte. A obrigação dos pais e dos colégios, como auxiliadores da família, é informar e instruir corretamente as crianças sobre todos os assuntos e não creio que isso tenha sido feito por vocês no último dia 04 de março. Eu, particularmente, nunca fui fã nem freqüentador do carnaval, mas como parte de nossa cultura sei a importância que ele tem, o que não pode deixar de ser informado para nossos filhos. Mas o que vocês fizeram absolutamente fora dos padrões culturais e morais do real carnaval. Permitam-nos listar o que vimos no pátio do colégio:

· Crianças rebolando e dançando sensualmente ao som de músicas no mínimo dúbias ou diretamente relacionadas ao ato sexual. Eis aqui trechos das músicas que escutamos enquanto assistíamos o ‘baile’ de carnaval:

o ‘Pega na cabeça e vai... Pra frente, pra frente. Cintura, cabeça tchu bira biron... Olha pra frente, pra frente. Cintura, cabeça tchu bira biron’.

o ‘Foge! Foge Mulher Maravilha. Foge! Foge! Com Super-Man’.

o Ei tu que beber?- Quero não! Não quer por quê? Por nada não! Tu que fumar? Han han! Não quer por quê? Vou não, quero não, posso não, minha mulher, não deixa Não.

o Aconselhamos aos dirigentes do colégio a assistirem aos vídeos na internet das músicas acima listadas.

· Não admitimos sob hipótese alguma a explicação de que a música não se refere ao ato sexual, até porque qualquer pessoa com uma capacidade mínima de entendimento sabe que o cantor não fala ‘foGe’ ele claramente deixa no ar a palavra ‘foDe’.

· Professores apoiando a ‘brincadeira’ da molecada ao som dessa música de ‘carnaval’.

· Nossa família isenta nossos filhos do contato com fumo, bebida e sobre tudo imposição da opinião do pai sobre a mãe como da mãe sobre o pai (vou não, minha mulher não deixa não). Nossas decisões são em conjunto. Como dizemos para o Caio e a Anna Júlia: - Quando um de nós fala, é como se o outro estivesse falando.

Não podemos deixar de imaginar os problemas que tais atos podem trazer para a formação do caráter de nossos filhos.

· Como, agindo dessa forma, podemos nos queixar do alto índice de gravidez na adolescência que aflige nosso país?

· Como, agindo dessa forma, podemos privar nossos filhos de valores apodrecidos e tidos como normais?

· Uma criança rebolando ao som dessas músicas de ‘carnaval’ pode despertar ou não olhares de alguém psicologicamente doente?

· Onde fica o carnaval (sem aspas) nisso tudo? A não ser que o carnaval esteja contido apenas na citação ao sexo, bebida, fumo e conflito de interesses dentro da família.

Nós acreditamos que a família é um dos poucos alicerces da sociedade, e também sabemos que não restam muitas de pé. Nós, Lucas e Pollyana, vivemos ‘na pele’ o que é terminar uma família e começar outra, e talvez por causa disso, damos tanto valor a ela. Os meninos não entenderam quando, em casa, explicamos a eles que talvez eles não participem mais das festas organizadas por vocês. Esperamos muito levá-los a festa de páscoa, natal... Todas sem aspas e sem valores errados. Por favor, nos ajudem a preservar em nossos filhos a cultura, os valores familiares e a educação com a qual vocês nos encantaram em janeiro'.

Lucas Barros e Pollyana Barros.

Maceió, 11 de março de 2011.