domingo, 24 de julho de 2011

um time por uma razão


Há quem torça por motivo nenhum. Se você torce pra o flamengo porque viu o Zico jogar, tá perdoado. Eu não. Eu também tenho uma história com o São Paulo, mas isso foi um ano depois. Nasci em Recife, me criei em Maceió mas morei dois anos em Fortaleza em 1987 e 1988. Meu melhor amigo chamava-se Fábio e morávamos na Vila Cisne no bairro Monte Castelo. Foram dias difíceis e de aprendizagem. Eu não tinha uma referência masculina já que meu pai começava a sair aos poucos de casa. Minha mãe lutava pra dar, educação, comida e casa pra mim e minha irmã. Sendo assim tal área do mundo masculino (futebol) me foi negada anteriormente. Mas as coisas eram diferentes na casa do Fábio. Lá, aparentemente, existia uma verdadeira família. Pai, mãe e irmãos. Aos poucos a convivência com a família dele, me fez desejar ter aqueles laços em casa. Lembro do pai do Fábio vestido com a camisa e nos falando sobre o Vasco. Seria impossível não associar o Vasco a tudo que eu mais queria dentro de casa. Sei que o Vasco além de tudo isso foi o primeiro time do Brasil a admitir oficialmente negros em seu plantel e que é o único time, além da seleção Brasileira, que carrega a Cruz de malta no peito. Não sei se torço por razões corretas, nem se há razões corretas ou incorretas. Mas aquilo que se tornou pra mim o símbolo de ideal, eu passo adiante pra quem chega.

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